ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA
INSTITUTO ECUMÊNICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA 

Banco de Teses e Dissertações

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Dissertação de Mestrado

Título Teologia e economia nos altares de Israel: leitura econômica de Oséias 2.4-17 e 4.1-19
Autor Alarcón Véjar, Jaime Esteban
E-mail
Área de concentração Bíblia
Orientador(es) Porath, Renatus
Banca Examinadora Porath, Renatus
Kilpp, Nelson
Weiler, Lúcia 
Data da Defesa 26/11/1993
Palavras-Chave Oséias
Teologia
Economia
Idolatria
Sincretismo
Resumo

A teologia do profeta Oséias, elaborada no início de seu ministério profético, no Reino do Norte no século VIII a.C., está marcada profundamente por seu contexto social. Seu pano de fundo histórico se caracteriza por um rápido crescimento econômico, uma relativa paz social e pela ausência de ameaça externa, sob o reinado de Jerobão II. Estas características históricas específicas não justificam mais o Modo de Produção Tributário. Este pode ser definido como um compromisso mútuo entre Estado e população: o Estado oferece proteção em troca dos tributos recolhidos. Já que não há qualquer ameaça externa, o tributarismo perde sua justificativa. Como preservar esses privilégios em tal situação? O Estado se vale então da Religião Oficial, através do incremento de oferendas e sacrifícios nos altares oficiais, para assim legitimar o atual status quo com suas desigualdades sociais. A teologia dos textos de Oséias 2, 4-17 e 4, 1-19, do começo de seu ministério, desenvolve a problemática da defesa do senhorio de Javé como fertilizador e garantidor da produção da terra, características erroneamente atribuídas a Baal. O profeta elabora um discurso teológico com elementos econômicos de sua época, para, por um lado, denunciar a idolatria e o sincretismo e, por outro lado, preencher o vazio ético e moral produzido pelo não-cumprimento das responsabilidades sociais (de ensinar e conduzir o povo da lei de Deus) por parte dos dirigentes do Estado (rei e sacerdotes).

  
Abstract The theology of the prophet Hosea, elaborated at the beginning of his prophetic ministry, in the northern kingdom in the 8th century B.C., is deeply marked by his social context. Its historical background is characterized by rapid economic growth and relative social peace end the absence of any sort of external threatening during the reign of Jeroboam II. These specific historical characteristics no longer legitimatize the Tributary Mode of Production, which can be defined as a mutual commitment between State and people: the State offers protection in return for the collected tributes. Since there is no longer any external threatening, the tributary system has no more legitimacy. How to preserve all these privileges in this situation? The State makes use of the official religion to maintain the status quo with its social inequality by means of encouraging the growth of the offerings and sacrifices on the official altars. The theology of the texts of Hosea 2, 4-17 and 4, 1-19, originating from the beginning of his ministry, deals with the problem of the defense of the lordship of Yahweh as the fertilizer of land and warrant of its production over against Baal. The prophet elaborates a theological discourse with economic elements of his epoch in order to, on the one hand, denounce the idolatry and syncretism, and, on the other hand, fill in the ethical and moral vacuum produced by the noncompliance of the social responsibilities on the part of the leaders of the State (king and priests) to teach and lead the people in the "law of God".
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