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Tese de Doutorado
Título | A passagem da resistência integrada para a resistência desintegradora: uma análise antropológico-cultural do livro de Daniel |
Autor | Cristofani, José Roberto |
Área de concentração | Bíblia |
Orientador(es) | Kilpp, Nelson |
Banca Examinadora |
Kilpp, Nelson Porath, Renatus Nash, Peter Croatto, Severino Croatto Steil, Carlos A. Steil |
Data da Defesa | 20/08/1999 |
Palavras-Chave | Livro de Daniel Dominação Resistência Antropologia cultural |
Resumo |
A tese fundamental deste trabalho é que a análise através da Antropologia Cultural viabiliza perceber o processo sócio-histórico e cultural que deu origem ao livro de Daniel. Desta forma, a hipótese de trabalho é que o grupo de Daniel está num processo de mudança social, sendo privado de um status social que o obriga a um novo enquadramento na estrutura social da Palestina do século II a.C. Esta mudança ocorre pela modificação das condições sócio-históricas da sociedade. Num primeiro momento a interação social com o domínio estrangeiro é percebida como relativamente pacífica. Neste estágio, exige-se resistência por parte do grupo de Daniel em relação à demanda da cultura dominante que procura afetar os valores, crenças e atitudes identificadores do grupo. Contudo, a resistência é integrada, isto é, não há necessidade do grupo abrir mão de sua cultura e religião para alcançar sucesso na preservação das linhas demarcatória em meio à cultura estrangeira. Num segundo momento, a interação social torna-se tensa e conflitiva. Nesse estágio, também exige-se resistência do grupo contra os elementos que caracterizam a cultura e a religião do grupo de Daniel. Todavia, a resistência é desintegradora. Desintegradora em dois sentidos: primeiro, tem-se a esperança de que o domínio estrangeiro será desintegrado; segundo, apresenta-se como possibilidade a desintegração do próprio grupo. De qualquer forma, há que se resistir até a morte. |
Abstract | The fundamental argument of this thesis is that the analysis through the Cultural Anthropology makes possible to notice the social, historical and cultural process that created the book of Daniel. This way, the work hypothesis is that Daniel’s group is in a process of social change, being deprived of social status, which forces him to a new framing in the social structure of Palestine in the Century II B. C. This change happens for the transformation of social and historical conditions of the society. In a first place, the social interaction with the foreign domain is noticed as relatively peaceful. In that moment, resistance is demanded on the part of Daniel’s group in relation to the demand of the dominant culture that tries to affect the values, beliefs and attitudes of the group. However, the resistance is integrated, that is, there is no need of the group to give up of its culture and religion to reach success in the preservation of the linemarks amid the foreign culture. In a second place, the social interaction becomes tense and conflictive. In that moment, resistance of the group is also demanded, because the demands of the new social order militate against the elements that characterize the culture and the religion of Daniel’s group. However, the resistance is disintegrating in two senses: first, there is a hope that the foreign domain will be disintegrated; second, it comes as possibility the disintegration of the own group. I any way, Daniel’s group should resist until the death. |
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