ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA
INSTITUTO ECUMÊNICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA 

Banco de Teses e Dissertações

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Tese de Doutorado

Título Os exércitos no Reino do Norte. Sua constituição, sua função e seus papéis políticos no conflito social no sistema tributário, segundo distintas avaliações na literatura veterotestamentária
Autor Dreher, Carlos Arthur
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Área de concentração Bíblia
Orientador(es) Kilpp, Nelson
Banca Examinadora Kilpp, Nelson
Marshall, Francisco
Schwantes, Milton
Porath, Renatus
Nash, Peter T.
Data da Defesa 23/08/1999
Palavras-Chave Israel
Exército
Obra Historiográfica Deuteronomística
Profetas
Resumo

A necessidade de organização de uma defesa permanente contra a ameaça dos filisteus, que se prenunciava prolongada, foi uma forma de organização política: a monarquia. Rei e forças armadas permanentes surgiram, assim, em conjunto e permaneceram juntos até o ocaso do Reino do Norte. Embora as forças populares, existentes já antes do surgimento do Estado, não tenham desaparecido de todo, foram suplantadas pelas tropas regulares, menores em número, porem superiores em técnica, capacidade de mobilização e utilização de armamentos cada vez mais sofisticados. Desde cedo, as tropas regulares se transformaram num instrumento de coerção a serviço do rei e da classe dominante, em detrimento da base popular camponesa que criara a monarquia. De um núcleo de defesa contra inimigos externos, rei e exército permanente passaram à condição de opressores internos. O presente trabalho busca averiguar, em sua primeira parte, a constituição dos exércitos em Israel. Importam as origens diferenciadas de forças populares e tropa regulares, sua caracterização humana, seus armamentos, as funções militares, os tipos de batalha e a sustentação econômica de todo esse aparato. A Segunda parte discute a função original atribuída aos exércitos e os distintos papeis políticos por eles assumidos, sobre o pano de fundo da História da Monarquia em Israel, desde seu início sob Saul até a queda de Samaria em 722 a.C., considerando além das fontes bíblicas também os textos do mundo contemporâneo, especialmente os assírios. A terceira parte, por fim, busca pelas distintas avaliações acerca dos exércitos, presentes na literatura bíblica. Contempla aí uma "visão de fora", representada pela Obra Historiográfica Deuteronomística, e uma "visão de dentro", presente nos ditos proféticos atribuídos a Amós e Oséias.

  
Abstract The necessity to organize a permanent defense against the Philistine threat, that was predicted to be long-standing, was the impulse for the tribes of Israel to be long-standing, was the decisive impulse for the tribes of Israel to opt for a new form of political organization: monarchy Kind and permanent armies therefore appeared at the same time and remained together until the fall of the Northern Kingdom. Although popular armies, which already existed before the formation of the State, had not disappeared entirely, they were supplanted by regular troops, less in number, but superior in technology, mobilization capacity, and the utilization of more and more sophisticated armaments. Already early on, the regular troops were transformed in an instrument of coercion at the service of the king and dominant class and in detriment to the popular peasant base that had created the monarchy. From a nucleus of defense against external enemies, king and permanent army developed into a tool of internal oppressors. The first part of this work seeks to investigate the constitution of the armies in Israel. It is important to distinguish between the popular forces and the regular troops, their human characterization, their armaments, the military functions, the types of battles, and the economic support of this whole structure. The second part discusses the original function attributed to the armies, and the distinct political roles that they assumed as seen in the history of the monarchy in Israel from its beginnings with Saul until the fall of Samaria in 722 B.C. considering, besides the biblical sources, the texts from the contemporary world, especially the Assyrian texts. The third part, in conclusion, investigates the various evaluations concerning the armies present in the biblical literature. Contemplated here is a "view from the outside," which is present in the prophetic sayings attributed to Amos and Hosea.
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