Esta tese estuda a tensão entre tradição e contemporaneidade na música sacra cristã ocidental para, pela observação de como as pessoas lidaram com esse conflito no decorrer da história da música, extrair critérios de seleção de cantos para o culto cristão. O primeiro capítulo aborda recentes hinários brasileiros e estrangeiros, querendo apenas avaliar como os comitês desses hinários vivenciaram a tensão entre cantos antigos e novos. Relata a seguir uma pesquisa social compreendida pela autora em duas comunidades cristãs de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para obter a visão do mesmo problema na perspectiva das pessoas dessas comunidades. O segundo capítulo inicia o estudo da história da música sacra cristã ocidental, começando a trajetória no Antigo e Novo Testamentos e chegando à época patrística. O terceiro capítulo observa a Idade Média, o contexto da Reforma e da Contra-Reforma. O quarto capítulo aborda a tensão entre tradição e contemporaneidade na música sacra indo do barroco ao romantismo e o penúltimo capítulo examina a mesma tensão no século XX, sempre observando a forma como as pessoas trataram o problema. Da análise dos fenômenos relatados ao longo da história, retira critérios de seleção de cantos para o culto cristão, explanados no último capítulo. Além desses critérios, úteis para as comissões de hinários e para as pessoas responsáveis pela música nas comunidades cristãs, a autora apresenta, no fim, as suas perspectivas em relação à contribuição que acha relevante oferecer aos líderes de música e liturgia e aos estudantes dos institutos de música sacra no Brasil.