ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA
INSTITUTO ECUMÊNICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA 

Banco de Teses e Dissertações

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Dissertação de Mestrado

Título Investigação em torno da fé antropológica de Jesus de Nazaré: contribuição ao pensar teológico latino-americano
Autor Mascarello , Maria Sieczkowska
E-mail
Área de concentração Teologia e História
Orientador(es) Altmann, Walter
Banca Examinadora Altmann, Walter
Westhelle, Vitor
Valls, Dr. Álvaro M. 
Data da Defesa 22/11/1991
Palavras-Chave
Teologia
Práxis
Fé antropológica
Jesus Cristo
Resumo

A Fé Antropológica é fé nos oprimidos. Ela nasce da práxis. Práxis entendida como ação transformadora da situação de injustiça social, na qual viva um indivíduo, um grupo, um povo. A Fé Antropológica é, pois, conflitiva e sua racionalidade é a decisão dialética para a construção de uma sociedade não opressora. Ela não se confunde simplesmente com a fé humana, confiança em qualquer pessoa. Nem com a ideologia (de domínio ou de mudança), proposta de um substitutivo, que tanto pode ser desumanizante como humanizador. A racionalidade da Fé Antropológica, ao contrário, é sempre de-cisão para a sobrevivência humanizante dos seres humanos. Muitas mulheres e homens cristãos, bem como muitos ateus, vivem a Fé Antropológica. Jesus de Nazaré também viveu sua Fé Antropológica. Sua preocupação-vertente foi a fome injusta que a maioria de seu povo sofria. O presente trabalho quer mostrar que Jesus viveu radicalmente a Fé Antropológica, sem que seja necessário negar sua divindade. Sua fé nos despojados tornava-se a abertura para a fé em seu Deus e no Reino.

  
Abstract Anthropologic faith is faith in the oppressed. It emerges from praxis, praxis being defined as an action which can transform the situation of social injustice in which an individual, a group or a people lives. Thus anthropologic faith is conflictive and its rationality is one of dialectical de-cision for the construction of a non-oppressive society. It cannot be simply mistaken for human faith, confidence in any person. Nor can it be mistaken for an ideology (whether of dominance or of changes), the proposition for a substitute, which can be either dehumanizing or humanizing. The rationality of anthropologic faith, on the contrary, is forever a de-cision for the humanized survival of human beings. Many Christians men and women, as well as many atheists, live according to the anthropologic faith. Jesus of Nazareth too, he lived according to the anthropologic faith. The foutainhead of his worry was the unfair starvation from which most of his people suffered. The present work aims at demonstrating that Jesus lived according to the anthropologic faith with radicalism, though we are not denying his divinity. His faith in the destitute became the commencement of faith in his God and the Kingdom.
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